▲ 순교를 상징하는 붉은 영대. 성경위에 양손을 올려놓은 채 오른손에는 십자가를 잡고 있다. (문학진 토마스 초상, 1983). | A estola vermelha simboliza o martírio. As mãos estão apoiados sobre a Bíblia, segurando a cruz na mão direita. (Quadro de Moon Hak-Jin, 1983).
성 김대건 안드레아 신부 (金大建, 1821년 8월 21일 ~ 1846년 9월 16일)
한국인 최초의 사제 김대건 안드레아 신부는 1821년 8월 21일 충청도 솔뫼(현재 충남 당진시 송산리)에서 태어났다. 김대건은 1836년에 프랑스 선교사 모방(Maubant) 신부에게 신학생으로 선발되어 최양업(토마스)과 최방제(프란치스코)와 함께 중국 마카오로 유학하여 신학을 공부하고, 1845년 8월 17일 중국 상하이 진쟈상 성당에서 조선교구 제3대 교구장 페레올(Ferreol) 주교에게 사제품을 받았다.
1845년 8월, 10년 만에 귀국한 김대건 신부는 서울에서 선교 활동에 힘쓰는 한편, 외국 선교사들을 영입하려고 바닷길을 개척하다가 1846년 6월 5일 백령도 해역 순위도에서 체포되었다.
그리고 1846년 9월 16일 서울 한강 변 새남터에서 군문효수 형(軍門梟首刑)을 언도 받고 순교하였다. 순교 당시 그의 나이는 25살이었으며 서품을 받고 1년 만에 돌아가신 것이다.
Padre São Kim Degun André (1821-1846)
O primeiro sacerdote coreano, padre Kim Degun nasceu em 21 de agosto de 1821, em Solmoe no estado de Chungcheong-Do (atual Songsan-ri, Danjin no estado de Chungnam). Em 1836, quando tinha quinze anos, Kim Degun foi escolhido como seminarista pelo padre missionário francês Maubant e foi para Macau a fim de estudar teologia juntamente com Choi Yang-Up (Thomas) e Choi Bang-Je (Francisco). Em 17 de agosto de 1845, recebeu a ordenação sacerdotal pelo 3º. Bispo da Diocese de Chosun, D. Ferreol, em Shanghai, China, na Igreja de Jinjasang.
Em agosto de 1845, o padre Kim Degun retornou para Coreia após 10 anos de estudos e se dedicou ao trabalho missionário em Seul. Entretanto, no dia 5 de junho de 1846, foi preso na ilha de Baeng-nyeong-do enquanto procurava um caminho alternativo pelo mar para a entrada de missionários estrangeiros.
Em 16 de setembro de 1846, em Se-nam-tue, às margens do rio Han em Seul, ele foi martirizado, após receber a sentença de Gun-Mun-Hyo-Su. Ele tinha 25 anos e morreu um ano após ser ordenado.
교황청은 김대건 신부의 성덕과 영웅적 순교를 고귀한 신앙의 본보기로 인정하고 기념하고자, 1925년 7월 5일에 복자(福者)로, 그리고 1984년 성 요한 바오로 2세 교황에 의해 5월 6일에 성인(聖人)으로 선언하였다.
성 김대건 안드레아 신부는 25년의 짧은 생애에도, 한국인 최초의 천주교 사제로서 현실을 직시하고 진리를 외치던 선각자였다. 또한 최초의 양학 유학자이며, 조선(현재의 한국)의 최장거리 여행자이자 조선 연평도에서 중국 상하이까지 항해한 최초의 서해 항로 개척자이기도 하다. 1845년 초 ‘조선 전도’를 만들었으며, 저술로는 스물한 통의 서한과 한국 교회사에 관한 비망록 등이 있다.
A Santa Sé, reconhecendo a virtude e o martírio heroico do padre Kim Degun como um exemplo da nobre fé, o beatificou em 5 de julho de 1925, e, no dia 6 de maio de 1984 foi canonizado pelo Papa João Paulo II.
Mesmo em curta vida de 25 anos, o padre Kim Degun André, além de ser o primeiro sacerdote católico coreano, enfrentou a realidade da época, e se tornou pioneiro na disseminação do evangelho. Ele também foi um dos primeiros a estudar os conhecimentos ocidentais no exterior, foi o viajante a percorrer a mais longa distância do território de Chosun (atual Coréia), e foi o pioneiro a fazer a rota do Mar Ocidental, navegando da ilha de Yeon-pyeong-do a Shanghai na China. No início de 1845, o padre Kim Degun produziu o “Mapa de Chosun” e também deixou 21 cartas e memorandos sobre a história da Igreja Coreana.
▲ 검은색 수단에 모관을 쓴 모습이다. 유해에서 두개골을 바탕으로 복원한 이미지이다. 동양인답지 않은 서구형 외모였던 것으로 알려져 있다. (정채석 비오 동양화,1971) | Vestindo batina e barrete pretos. Imagem baseada no crânio dos restos mortais. É conhecido que tinha feições mais ocidentais que orientais. (Pintura de Jung Chek-Suk Pio,1971)
성 김대건의 생명
O Pe. Maubant, durante a visita das comunidades ao redor de Chungcheong-do nos dias que antecipava a Páscoa de 1836 (5 de abril), visitou a comunidade de Eun-i, perto da Vila Golbae. Aqui, ele escolheu Degun Kim como seminarista e deu-lhe o Sacramento de Batismo. Antes disso, foram eleitos outros dois meninos como seminaristas. Yang Up Choi (Tomás) foi para Seul no dia 6 de fevereiro, e Bang Je Choi, no dia 14 de março. Estes já estavam em formação, estudando as letras chinesas e latim, se preparando para a viagem de estudo para o exterior. Degun Kim se juntou a eles no dia 11 de julho. O Pe. Maubant julgou que seria impossível a formação dos seminaristas dentro do país por causa da perseguição. Assim, resolveu enviar os seminaristas à Macau, onde situava A Missão Oriental da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris. Os três seminaristas, antes de partir de Seul em 2 de dezembro, fizeram as promessas de obediência ao diretor do Seminário onde deveriam estudar e de servir assiduamente se tornando padres diocesanos. Após isso, partiram para o Portão da Fronteira, sendo guiados por Pe. Bang Je Yoo que retornava à China, e pelos fiéis como Ha Sang Chung e Shin Chul Cho. No Portão da Fronteira, os fiéis coreanos recepcionaram o Pe. Chastan e voltaram à Seul, e os três seminaristas acompanharam os guias que orientaram o Pe. Chastan até a fronteira. Eles atravessaram todo o continente chinês e desceram para o sul. Em 7 de junho de 1837 chegaram à Macau.
Os três seminaristas, por causa da rebelião do povo explodida em Macau, em agosto de 1837 e em abril de 1839, se refugiaram em Manila, Filipinas, por duas vezes. Nestes tempos, eles estudavam por lá alguns meses e voltavam à Macau novamente, e neste mesmo período, o seminarista Bang Je Choi morreu de febre maligra no dia 27 de novembro de 1838. A saúde de Degun Kim também não era tão boa. Os dois seminaristas encerraram o curso de filosofia em novembro de 1841 e entraram no curso de teologia.
No ano de 1842, quando ia terminando a Guerra do Ópio, ainda os dois seminaristas em estudo, o capitão da Marinha Francesa Cécilie visitou a Missão e solicitou o acompanhamento de um dos seminaristas como intérprete na expedição à Coreia. Como durante anos a notícia da Igreja de Chosun (antigo nome da Coreia) estava cessada, os padres da Missão acharam a oportunidade como vinda de Deus. Degun Kim, com o Pe. Maistre que tinha se disposto para a missão da Coreia, partiu de Macau no dia 15 de fevereiro, com o navio Erigon. Mas a frota da Marinha Francesa, assim que o Tratado de Nanquim foi assinado no dia 29 de agosto de 1842, decidiu revogar a sua expedição à Coreia e voltou a Manila. Assim, Degun Kim desceu do navio, entrou em caminho de regresso à China com a ajuda de Dom Bési da Diocese de Kang Nam, com um navio chinês.
No dia 2 de outubro, ele partiu de Xangai e chegou à terra de Yodong no dia 23 de outubro. Hospedando-se no pensão de Bekkajum, tentou por três vezes a exploração de uma entrada à Coreia pelo Portão da Fronteira, mas fracassou. E desde abril de 1843, mudou a residência para Sopargaja e continuou o estudo de teologia junto com Yang Up Choi. Aqui, permanecia o Pe. Ferréol desde 1841. Degun Kim, após participar da ordenação episcopal de Dom Ferréol, o terceiro bispo responsável da Diocese de Chosun em dezembro de 1843, com a ordem do bispo tentou a entrada no país através do Rio Duman em fevereiro de 1844. Mas fracassada a tentativa, voltou à Sopargaja. Terminado o curso de teologia junto com Yang Up Choi em dezembro do mesmo ano, recebeu a cerimônia de tonsura e até a ordenação diaconal. Como ainda não alcançaram a idade mínima canônica de ordenação sacerdotal que é 24 anos, não puderam receber a ordenação. No dia primeiro de janeiro de 1845, Degun Kim consegue atravessar o Portão da Fronteira sem incidentes e chega à Seul no dia 15 de janeiro, e se prepara para ir à Xangai para recrutar os missionários. No dia 30 de abril, partiu de Jemulpo junto com 11 navegantes coreanos (na realidade eram camponeses que não conheciam nada a respeito de navegação) e chega à Xangai no dia 4 de junho. Recebeu a ordenação sacerdotal pelo Dom Ferréol no Porto de Keumka, à beira de Xangai, no dia 17 de agosto. Depois, tomando o navio Rafael, um pequeno navio de madeira junto com o Dom Ferréol e Pe. Daveluy, partiu de Xangai e chega, após 40 dias, na Pedra Nabawi, Porto de Hwangsanpo, perto de Kangkyung.
O período em que Degun Kim se dedicou ao pastoral foi curto. Entre novembro e dezembro do ano em que entrou no país, ele visitou Seul e a comunidade Eun-i, no Yong In. Nesta comunidade moravam seu irmão menor Nan Sik e a sua mãe. Estes dois meses foram tudo que ele teve de atividade pastoral em Chosun. A sua atividade começou com a exploração de um caminho de entrada dos missionários ao país e terminou com o cumprimento desta missão. O seu cargo de últimos anos foi o Coajutor da Diocese de Chosun. No dia 14 de maio de 1846, recebeu a ordem do bispo, de explorar a maneira de recrutar os missionários através do caminho do Mar Amarelo. Saiu ao caminho do mar, entrou em contato com o navio de pesca chinês e entregou a carta e o mapa. Depois chegou à ilha de Soonwido. De lá foi preso pelos soldados no dia 5 de junho, e no dia 10 foi levado ao Quartel de Haeju. No dia 21 de junho foi transferido ao Quartel Central de Seul. Desde o dia seguinte, Degun Kim foi interrogado 46 vezes com torturas, durante 3 meses, e foi condenado à morte na sentença de traição, no dia 16 de setembro. Foi martirizado pelo castigo de Kun-mun-hyo-su, que decapita e pendura a cabeça no alto da praça. Sua idade era de 26 anos. O seu corpo foi enterrado provisoriamente na areia da praia do rio Han, mas após 40 dias, foi levado e enterrado em Miriné pelo Min Sik Lee (Vicente) às escondidas. No ano de 1901, foi transferido à capela no Seminário do Sagrado Coração de Jesus, em Yongsan. Como o seminário de Yongsan se transferiu para Hyehwa-dong, em 1951 o crânio dele foi conservado na Universidade Católica situado em Hyehwa-dong. Degun Kim foi elevado como venerável em 1867, beatificado no dia 5 de julho de 1925, e finalmente canonizado no dia 6 de maio de 1984.
성 김대건의 생각
O Pe. Degun Kim deixou ao todo 25 cartas. Uma em coreano, uma em letra chinesa, e os restos são em latim. A maioria das cartas em latim, menos três, foram enviadas aos padres professores da Missão Estrangeira de Paris, situada em Macau. São as cartas que relatam as investigações sobre a entrada na Coreia, e as que foram escritas dentro da prisão. Esta carta escrita em coreano que começa com a frase: “Amados fiéis amigos!” é uma exortação enviada aos fiéis de Chosun, antes da execução de seu martírio.
Amados fiéis amigos! Pensem, e pensem de novo. O Senhor Deus, de início, criou o Céu, a terra e toda criação e criou-nos em sua semelhança. Pensem bem qual foi o seu objetivo e a sua vontade. Olhando por trás das coisas do mundo, apenas me mergulho na tristeza.
Qual seria a vontade de Deus de ter nos dado a vida neste mundo bruto e sem significado? Se nós não conseguirmos reconhecer o seu ‘Dono’, saberemos bem que não teremos nem a pena de ter nascido, nem a razão ou a justificação de estarmos vivos. Como nós nascemos e vivemos pela sua graça, fomos batizados por sua graça e recebemos o valioso nome pela Santa Igreja, a nós foram dados a responsabilidade e o dever de guardar santa e sagradamente o nome de Deus. Se não for, não somente blasfemaríamos o nome que o Senhor nos deu, tornaria tal ato, apenas uma traição.
Um camponês, semeia e aduba, colhe os seus frutos diligentemente seja no frio seja no calor. Esquece todo o sangue, suor e todos os sofrimentos, se torna cheio de alegria. Mas mesmo com todo o esforço se a colheita não for possível, não valer a pena o todo esforço, fica cheio de tristeza.
Vejam. O campo do Senhor é este mundo e os homens são os bons sementes que o Senhor semeou. O senhor nos dá o adubo da graça, nos criou dando-nos a sua vida e molhando-nos pelo seu sangue. Nos ensinou pela Bíblia e nos guiou pelo Espírito Santo.
Quão grande providência do mundo é este! Para nós que fomos as sementes do Senhor, a colheita é a morte, o dia do juízo. Se nós brotarmos como boas sementes e darmos bons frutos, gozaremos a alegria do Paraíso. Mas por infelicidade se não darmos os frutos da graça, seremos jogados como joios e receberemos o castigo do inferno.
Amados irmãos!
Pensem bem. O Nosso Senhor Jesus Cristo desceu a este mundo e recebeu indizíveis perseguições. Como a Santa Igreja foi erigida através deste sofrimento, a nossa Igreja de Chosun também se desenvolve dentro da paixão da cruz. A Igreja Católica também foi guiada pelos apóstolos depois da ascensão do Senhor, cresceu dentro da perseguição. Em cada época, os poderes do contra investem todo o esforço para acabar com a Igreja Católica, mas jamais poderão vencer a esta Igreja.
A Igreja de Chosun também foi envolvida nas grandes tempestades desde a sua fundação, mas os nossos fiéis são firmes. Nestes tempos, também estou encarcerado. Como vocês estão também continuamente em perigo, de que jeito estes fatos não seriam de doer o peito, sofredor e triste? O Senhor disse que sem a minha permissão nenhum de seus cabelos irá cair. Como o senhor está nos observando mesmo neste momento, vocês, os fiéis amigos também devem lutar contra todo o tipo de coisas mundanas e contra o Satanás, permanecendo ao lado de Jesus Cristo, conforme a vontade de Deus. Vocês, os fiéis amigos, partilhem o amor entre si e esperemos até que Deus nos conceda a misericórdia e atenda as nossas orações. Mesmo que as 20 pessoas aqui encarceradas junto comigo sejam executadas, por favor não esqueçam de cuidar de seus familiares. Que as coisas deste mundo se realizam conforme a vontade de Deus, para nós, podermos apenas optar por receber o prêmio ou o castigo.
A minha morte, para os fiéis amigos, deve ser de doer o osso e cheia de tristeza, mas o Senhor enviará logo, um sacerdote bem mais excelente do que eu, com certeza. Não fiquem mais tristes e esforcem para servir a Deus com grande amor. Sejamos um corpo, um corpo pelo amor. Tenho muitas coisas a dizer, mas como não posso escrever tudo, largo o pincel aqui. Desejo encontrar vocês de novo no Paraíso e gozar a alegria eterna.
Esta carta do Pe. Degun Kim é a única que foi escrita em coreano, está conservada na Igreja Comemorativa dos Mártires Yanghwajin, em Seul. O Pe. Kim, depois de ser preso pela polícia marinha no Porto de Deongsan, na beira do Mar Oeste, após sofrer três meses de prisão, finalmente recebeu a condenação de decapitação. O dia que o Pe. Degun Kim chegou à Senamteo foi em 16 de setembro de 1846.
No tapete tecido com palha de modo grosseiro entre dois pedaços de pau compridos, o Pe. Kim sentou-se com as duas mãos atadas por trás. Os soldados dispararam fogo e tocaram a trombeta em sinal de chegada dos oficiais que apareceram junto com ele.
Os soldados fixaram as lanças compridas na areia e penduraram as bandeiras nelas. Os soldados formaram um círculo ao seu redor. Finalmente, ao chegar a carroça com o Pe. Kim, os soldados abriram o círculo para recebê-lo. Depois da leitura da declaração da condenação à morte pelo oficial inspetor da execução, foi dada a oportunidade de últimas palavras ao Pe. Degun Kim.
O Pe. Degun Kim disse em voz alta. “Agora, chegou o meu último momento. Por favor, dêem os ouvidos às minhas palavras. A razão por que entrei em contato com os estrangeiros foi somente por causa da minha fé, por meu Deus. Agora, eu morro pelo meu Deus. A partir deste momento, começa a minha vida eterna. Se vocês quiserem também ser felizes depois da morte, creiam na Igreja Católica. Deus castigará aqueles que O perseguem.”
Assim que terminou a sua palavra, os soldados despiram sua camisa, perfuraram as duas orelhas com as flechas conforme a convenção, jogaram água em rosto e espirraram nele um punhado de cal. Dois soldados colocaram dois paus por baixo das axilas do Pe. Kim. Puseram os paus nos seus ombros por trás e pela frente e giraram rapidamente por três vezes o lado externo do círculo.
Depois os soldados o ajoelharam, amarraram sua cabeça com a corda, colocaram esta corda no buraco da estaca que seria utilizado na execução e a puxaram. Naturalmente, o rosto de Pe. Kim se voltou para o Céu. O jovem Pe. Degun Kim, de 26 anos, olhando para o Senhor que está no Céu, pôde falar firme e friamente, sem nenhum temor.
“Se eu colocar a cabeça assim será fácil para você me cortar a cabeça?”
“Não. Gire um pouco o corpo. Agora está bem.”
“Se está preparado, agora pode cortar.”
Finalmente, os 12 soldados começaram a girar ao redor do Pe. Kim e simulavam o golpe de decapitação. Por fim, a espada do oitavo soldado voou para cima, no ar para o alto.
O que nos faz saber sobre as idéias do Degun Kim são apenas as suas cartas deixadas e as cartas dos missionários. Aquelas cartas são relatórios sobre as situações que ele estava passando, por tanto não esclarecem sistematicamente sobre as suas ideias. Mas como ele disse no campo de execução: “A razão por que entrei em contato com os estrangeiros foi somente por causa da minha fé, para meu Deus. Agora, eu morro pelo meu Deus.”, ele amou a Deus e a Igreja Coreana até a morte.
Degun Kim expressa Deus como ‘Dono’. Assim como expressou a humanidade como uma grande família, ele considerou Deus como o ‘Dono’, que é um patriarca de um clã. Ele compreendeu sobre Deus através da experiência de um pai na terra, que exerce a autoridade no lar e cuida da família com amor. Na sociedade daquela época, um pai era compreendido como aquele que tem posse dos filhos e como o ‘dono’ que possui a responsabilidade sobre as suas vidas. Por isso, o pai não somente era o objeto de respeito e da majestade, era o objeto de obediência e amor. Sendo um homem, esquecer e menosprezar a este ‘dono’, era considerado como um homem inútil que não possuía mais o significado de ter nascido no mundo. Mesmo que pela graça de Deus tenha sido batizado e recebido o nome para ser discípulo com o valor incomparável no mundo, se não se tornar santo e justo não teria o significado de ter sido batizado. Ainda mais, se renunciar a vida de se mortificar no pecado e viver para Deus e se tornar ingrato, seria melhor não ter nascido no mundo. A renegação da fé, trai a Deus que possui o poder absoluto acima do rei de um país, e é um ato de renegação à gratidão e um pecado maior contra a ordem d’Ele que mandou adorar a Deus. Ele foi martirizado na obediência fiel a Deus.
Sobre a personalidade de Degun Kim, o Dom Ferréol, o bispo da Diocese de Chosun da época diz: “Sua fé apaixonada, sua devoção franca e sincera, e as falas fluentes conseguiam obter de uma vez o respeito e o amor dos fiéis para ele.” Ele, digno de um intelectual que estudou e adquiriu os conhecimentos ocidentais, foi um pioneiro que exigiu a abertura da Coreia e a permissão da liberdade de religião no país, exortando que o ato seria benéfico para o desenvolvimento do povo e do país. Como um homem cativado por Deus, mesmo diante da situação extrema de morte inerente proclamou a verdade do catolicismo. Amou a Deus e a Igreja, as autoridades da Igreja e os companheiros, e aos fiéis com o profundo amor. Praticou a sua missão de pastor fielmente, e ofertou a si mesmo por completo, com a morte.